Portaria institui Grupo de Trabalho para desenvolver projeto em 30 dias; iniciativa incorpora soluções como estações de ônibus com painéis sustentáveis, placas fotovoltaicas, jardins de chuva e áreas permeáveis
ALEXANDRE PELEGI
A Prefeitura do Município de São Paulo, por meio de Portaria assinada pelo Prefeito Ricardo Nunes, instituiu o Grupo de Trabalho Intersecretarial dos Corredores Verdes de Transporte (GT-CVT) na cidade.
O documento afirma que a criação do GT-CVT “reforça os compromissos de São Paulo com as agendas climáticas nacionais e internacionais, especialmente no que tange à promoção de uma mobilidade urbana de baixo carbono”. E destaca que a cidade já se destaca por possuir a maior frota de ônibus elétricos do Brasil, que evita a emissão de mais de 10 mil toneladas de CO₂ anualmente.
A portaria ressalta que a prefeitura promove atualmente estudos para a adoção de biometano como combustível renovável, com testes práticos já realizados por operadoras locais.
A iniciativa também considera a modernização da infraestrutura urbana associada ao transporte coletivo, com a incorporação de soluções sustentáveis como estações de ônibus equipadas com painéis sustentáveis, placas fotovoltaicas, jardins de chuva e áreas permeáveis.
A articulação intersetorial é vista como fundamental para integrar aspectos de mobilidade limpa, infraestrutura resiliente, comunicação digital, paisagismo urbano e inovação climática.
O Grupo de Trabalho Intersecretarial terá diversas competências cruciais para o desenvolvimento do projeto, como a de estruturar o conceito e as diretrizes técnicas para a implantação de corredores com circulação exclusiva de ônibus movidos a energia elétrica ou biometano.
Os modelos de infraestrutura associada, com pontos de parada com soluções sustentáveis como placas solares, jardins de chuva, ampliação da vegetação e áreas permeáveis, também serão parte de estudos e propostas do GT, a quem caberá avaliar aspectos urbanísticos, ambientais, de mobilidade, segurança, paisagismo e comunicação.
O Grupo de Trabalho deverá identificar áreas potenciais para a implantação de projetos-piloto, levantar custos estimados, fontes de financiamento e eventuais parcerias público-privadas.
Por fim, caberá ao GT-CV articular com entidades públicas e privadas envolvidas e apresentar um relatório conclusivo com propostas e um cronograma de ações.
A composição do GT-CVT abrange um amplo espectro de secretarias da Administração Direta, incluindo a Secretaria do Governo Municipal (SGM), Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas (SECLIMA), Secretaria Executiva de Desestatização e Parcerias (SGM-Desestatização), Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT), Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), com participação da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU). A Secretaria Especial de Comunicação (SECOM) também faz parte do grupo.
Além disso, serão convidadas a compor o GT-CVT entidades da Administração Indireta como a São Paulo Parcerias S.A. (SPParcerias), São Paulo Obras (SPObras), São Paulo Urbanismo (SPUrbanismo) e a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo (SP Regula). Cada órgão e entidade deverá indicar um representante titular e um suplente.
A coordenação do GT-CVT será exercida pela Secretaria do Governo Municipal, que poderá convidar especialistas, instituições acadêmicas e representantes de organizações da sociedade civil para colaborar com os trabalhos, sempre que necessário. O grupo terá um prazo de 30 dias para concluir seus trabalhos, podendo ser prorrogado mediante justificativa da coordenação.
A Portaria entrou em vigor na data de sua publicação.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
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